top of page

 

ODOXÊ - BRONZE RESIDÊNCIA

Ali do Espírito Santo

 

Curadoria

Fernanda Medeiros

 

DE 17 DE AGOSTO A 5 DE OUTUBRO - 2018

ODOXÊ é uma palavra organizada pela lógica do anagrama, logo então, Odoxê é na verdade Exôdo. Esse jogo no título, marca o objetivo do conjunto de obras apresentadas ao público pelo artista Ali do Espírito Santo nos meses de Agosto, Setembro e Outubro de 2018 na BRONZE Residência em Porto Alegre. Tais obras fazem apelo a uma poética que busca despertar um íntimo exercício de imaginação radical no público. As fotografias, que vão desde registros de performances do artista até produções que envolveram a foto-instalação, foram produzidas a partir transduções de um Brasil de subjetividades mágicas, conflitos sociais e situação climática catastrófica. Com isso, o artista busca imprimir no seu trabalho a relevância da forma, dos signos e da imagem, como potentes articuladores de novas percepções acerca da produção artística e de sua recepção comunitária.

"Sonhos estelares, ilhas de ressonância de ondas eletromagnéticas cuspindo formas de vida Césio, Bauxita, Chumbo, Arsênio, Glifosato. Automatização acelerada de todos os processos técnicos que envolvem aquilo que um dia chamaram de Humano. O mundo já acabou e as imagens de seu fim são devoradas com prazer. A sensação é de que a continuação do que vivemos hoje, não pode ser aplicada ao amanhã. Os sequestros dos futuros fincaram sobre a superfície da infinita Terra uma nova espécie de crise: a da imaginação.

 

Tal estado de catástrofe iminente deixou em suspenso também as imagens do Humano, destruindo assim as apostas na subjetividade, no documento, nas velharias da identidade e de tudo aquilo que ainda ousa romantizar ficções cognoscíveis. No entanto, é justamente às margens do que se deteriora com velocidade infernal que deve-se fazer alianças. Este é o momento de abraçar as forças da imagem que nascem e morrem a partir dos excessos produtivos e do dispêndio de virtualidades.

 

ODOXÊ – ÊXODO. A prática do sigilo como estratégia de atração. Trata-se da destituição do real por aquilo que constitui suas entranhas: a ficção. As deidades imagétikas evocadas aqui, ou melhor, intuídas, rompem com o vago iconoclastismo da ilusão orientalista a favor de outras ilusões, como a hipercenarização sombria ou a aniquilação da presença dos afetos a partir da imagem, que virando ao avesso os fantasmas contidos nas bordas do antropocentrismo delirante, é capaz de criar outros espectros, que por sua vez, não buscam estabelecer convivência com o Humano, mas fugir do seu limitado campo de imagens".

0011.jpg
Convite virtual.JPG
Banner 01.JPG
bottom of page